O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial anunciaram a criação da Rede MCTI/EMBRAPII de Inovação em Inteligência Artificial, que seria a maior de todo o país na área.
Serão destinados, em cinco anos, R$ 70 milhões de recursos à Rede, sendo R$ 20 milhões com foco em IA aplicado ao setor automotivo e agronegócio. Os recursos são provenientes da Lei de Informática e do Programa Rota 2030. O modelo prevê aportes paritários do setor privado, dobrando o valor dos projetos.
A proposta é incentivar o uso de tecnologias de fronteira no processo produtivo da indústria nacional, oferendo um ecossistema de inovação com competências tecnológicas complementares, que contará com recursos não reembolsáveis e centros de pesquisas com infraestrutura e profissionais qualificados para apoiar a indústria a inovar.
Incialmente, 17 Unidades EMBRAPII vão compor a Rede, compartilhando infraestrutura, competências e recursos humanos no desenvolvimento de soluções em áreas como aprendizado de máquina, internet das coisas, Big Data e Analytics.
Parte dos recursos financeiros serão utilizados para desenvolver a competência em Inteligência Artificial dos centros de pesquisas e fortalecer a capacidade de pesquisa, desenvolvimento e inovação nacional sobre o tema.
Serão oferecidos recursos não reembolsáveis e suporte técnico-científico em todo o ciclo de desenvolvimento da solução tecnológica, até a chegada do produto ao mercado.
Também será incentivado o desenvolvimento cooperativo de projetos entre diferentes empresas. A cooperação pode ser realizada entre empresas que pertencem a mesma cadeia produtiva, buscando gerar novos produtos e processos que beneficiem todo o setor; entre startups e empresas consolidadas no mercado e que anseiam inovar o modelo de negócio, e ainda pouco usual no país, entre concorrentes, modelo em que dividem custos e riscos do desenvolvimento da tecnologia, mas que aplicam como melhor convier a cada uma no mercado.
Serão cinco modalidades de fomento:
Tipo 1 - Projetos "tradicionais"
O primeiro tipo de projeto se baseia no conceito que, em média, as empresas recebem 33% de aporte financeiro no portfólio nos projetos por parte da EMBRAPII - como é tradicionalmente feito nos projetos contratados pelas Unidades.
Tipo 2 - Projetos de encadeamento tecnológico, que envolve duas ou mais
empresas de diferentes portes para soluções
A segunda modalidade tem o objetivo de incentivar a colaboração entre grandes empresas com empresas de menor porte, inclusive com startups. Nesse caso, o valor financeiro aportado pela EMBRAPII pode chegar a 50% do portfólio do valor dos projetos desde que ele seja contratado por pelo menos duas empresas e que pelo menos uma delas tenha receita operacional bruta igual ou inferior a R$ 90 milhões.
Tipo 3 - Projeto a pequenas e médias empresas e startups
O terceiro tipo está voltado para o negócio de menor porte que está arriscando e desenvolvendo novas tecnologias. Pequenas e médias empresas e startups são importantes atores no avanço tecnológico, muitas vezes investindo em tecnologias com potencial disruptivo. Por isso, a ideia é dar um apoio maior a projetos desse segmento da economia. A EMBRAPII, então, irá aportar até 50% do portfólio do valor do projeto de PD&I de empresas que tenham o receita operacional igual ou inferior a R$ 90 milhões.
Tipo 4 – Ciclo Completo
A quarta modalidade será das ações complementares aos projetos de PD&I de startups apoiando ciclo completo de inovação e do investimento tecnológico que está sendo feito entre a empresa e a Unidade EMBRAPII. O trabalho de ciclo completo será realizado com o objetivo de complementar os avanços tecnológicos obtidos nos projetos de PD&I realizados por empresas e UEs e que tenham recebido o apoio do PPI. Esses projetos receberão o apoio de serviços de assessoria, consultoria, qualificada em inovação, conforme autorizado pelo Decreto 5.906/2006 nos artigos 24 (Incisos II e III e § 2o) e 25 (Incisos IX e X) para empresas startups. Somente receberá o apoio empresas startups com o faturamento anual de até R$ 16 milhões
Tipo 5 - Desenvolvimento de competências estratégicas
Além do fomento a projetos de PD&I, o plano também está direcionado para o desenvolvimento de competências consideradas estratégicas pela EMBRAPII e o MCTI. A ação tem o foco de permitir que o novo conhecimento e novas capacidades possam ser formadas. Com isso, espera-se manter a competência técnica nacional atualizada e apoiando a competitividade das empresas no país.
* Com informações da Embrapii
O aporte previsto no País é de R$ 70 milhões, muito abaixo, por exemplo do que está sendo feito em países como China, Coreia e Espanha, lamentou o consultor de IA, Eduardo Prado, ao participar do 5x5 TecSummit. Ele advertiu que a transformação digital não acontecerá sem que se mexa nas cabeças das pessoas.
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