As declarações do deputado federal, Eduardo Bolsonaro, filho do presidente da República, tomando o lado dos EUA na disputa com a China; a realização de um encontro da cúpula do ministério das Comunicações e Anatel com o presidente da República, Jair Bolsonaro, para tratar especificamente sobre o 5G; a divulgação de uma carta dura da embaixada da China em resposta às declarações do filho do presidente e a consequente resposta do Itamaraty, defendendo Eduardo Bolsonaro e criticando a China, foram capítulos adicionados ao embate Brasil/EUA/China ao longo dessa semana, que termina com a divulgação de um comunicado oficial por parte de quem vai fazer o 5G no Brasil: as operadoras de telecomunicações.
Nesta sexta-feira, 27/11, por meio da Conexis Brasil Digital, nova marca do SindiTelebrasil, as teles decidiram se posicionar acerca de eventuais restrições à participação de fornecedores na tecnologia 5G no Brasil. O comunicado adverte que está se criando um clima de incerteza que prejudica o desempenho do setor; lembra que as operadoras têm amplo conhecimento técnico e 'grande experiência nos mais elevados e críticos quesitos de privacidade e segurança de rede'.
Observa também que a maioria das empresas do setor tem capital aberto e precisam de uma discussão transparente e aberta para gerar segurança aos investidores e seguir atraindo investimentos ao Brasil. Salientam ainda que "uma eventual restrição a fornecedores do 5G pode atingir também a integração com a infraestrutura já em operação, com consequências diretas nos serviços oferecidos e custos associados, mais uma vez prejudicando os cidadãos brasileiros usuários dessa infraestrutura".
O Convergência Digital publica a íntegra do comunicado da Conexis Brasil Digital:
Por meio da imprensa e de todas as discussões públicas sobre o tema, as operadoras de telecomunicações associadas à Conexis Brasil Digital (nova marca do SindiTelebrasil), têm tomado conhecimento acerca de possíveis restrições à participação de fornecedores de equipamentos no processo de implantação das redes 5G no Brasil. Diante do nosso papel fundamental na implementação da tecnologia no país, e preocupadas com as incertezas geradas por essas discussões, ressaltamos a necessidade de transparência de todo o processo, prezando assim pelo princípio fundamental da livre iniciativa presente em nossa Constituição Federal.
Esse ambiente de incertezas pode impactar o desempenho do setor, pois eventuais restrições implicarão potenciais desequilíbrios de custos e atrasos ao processo, afetando diretamente a população. Questões como preço, escala mundial e inovações tecnológicas dos fornecedores hoje presentes no país são determinantes para que as melhores soluções e custos competitivos do serviço possam ser oferecidos pelas operadoras aos cidadãos.
Importante lembrar que todos os fornecedores globais já atuam no país nas tecnologias 4G, 3G e 2G. Uma eventual restrição a fornecedores do 5G pode atingir também a integração com a infraestrutura já em operação, com consequências diretas nos serviços oferecidos e custos associados, mais uma vez prejudicando os cidadãos brasileiros usuários dessa infraestrutura.
É necessário ainda ressaltar que as operadoras, em sua grande maioria, são empresas de capital aberto e a transparência das discussões é fundamental para gerar segurança aos investidores e seguir atraindo novos investimentos para o país.
O 5G será um dos principais marcos da revolução tecnológica em curso e um vetor fundamental de crescimento do país. Por isso, um debate amplo e o caráter técnico das decisões associadas serão fundamentais para o futuro da economia brasileira.
As principais operadoras do país possuem ampla expertise técnica e grande experiência nos mais elevados e críticos quesitos de privacidade e segurança de rede, e podem contribuir com soluções técnicas eficazes nas discussões que envolvem toda nossa cadeia de produtos e serviços, preservando a segurança do país.
Por fim, cumpre-nos destacar que representamos cerca de 4% do PIB e já investimos no país mais de R$ 1 trilhão de reais desde a privatização, o que nos permitiu dar uma resposta robusta à atual crise. Somos um setor que emprega quase 2 milhões de profissionais, diretos e indiretos, e um dos que mais contribuem com pagamentos de tributos ao erário público.
Prezando pelo diálogo, reforçamos nossa disposição para contribuir nesta relevante construção da política pública, que levará o Brasil ao futuro com o 5G, e pavimentará a economia 4.0 no país, garantindo continuidade e evolução aos serviços essenciais prestados por nosso setor a toda a população brasileira.
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Finalmente o 5G entrou na lista das dez previsões para os mercados de Tecnologia e Informação e Telecomunicações da IDC para 2021/2022. Consultoria prevê que a receita virá de novos negócios com IA, IoT, cloud, segurança, robótica e realidade aumentada e virtual.
Pelo cronograma previsto na proposta de edital, oferta do 5G tem início 300 dias depois de formalizada a ‘compra’ das frequências – portanto no segundo semestre de 2022.
Por Ivan Marzariolli*
A maioria das teles com 5G escolheu o que é chamado de implementação “não autônoma”. É um híbrido de 4G e 5G que permite oferecer muitos recursos 5G aos assinantes, enquanto ainda aproveita o investimento existente em seu core de pacote 4G. Operadoras estão ansiosas para aproveitar as vantagens do 5GC (SA ou autônomo) - maior agilidade de serviço e custos mais baixos.
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