Colocar a mão no fogo pela nuvem como meio de segurança está fora do jogo dos especialistas de segurança da informação que participaram do RNPSeg20 - edição digital, realizado no dia 11 de novembro. Para o diretor de SI do TCU, Rodrigo Coutinho, é impossível confiar 100%. "O provedor coloca o meu dado onde ele quer e eu tenho de confiar. Mas será que eles fazem o que têm de fazer? Nuvem é uma opção de responsabilidade", afirma o especialista.
Para Alex Amorim, do Grupo Cogna Educação, acreditar que a nuvem não exige resiliência e contingência é um grave erro. "Desistir da recuperação de desastre por conta da nuvem é uma opção descartada", frisou. Para ele, é preciso entender as regras do jogo nuvem, em especial, no relacionamento com os provedores. "Tem divisão de responsabilidade e ainda temos de conviver com a configuração errada da nuvem. Jogar na nuvem? ok! mas sem cuidado, vai ser uma estratégia bastante arriscada", reforçou.
O CISO da RNP, Emilio Nakamura, diz que segurança exige plano A de contingência e resiliência, mas muito mais do que isso: um plano B organizado e estratégico para ser acionado nas emergências. "Não existem sistemas 100% seguros, mas é possível ter uma resposta rápida aos incidentes. A resposta rápida faz a diferença", observou. Assistam ao posicionamento dos especialistas sobre o uso da computação em nuvem.
O aporte previsto no País é de R$ 70 milhões, muito abaixo, por exemplo do que está sendo feito em países como China, Coreia e Espanha, lamentou o consultor de IA, Eduardo Prado, ao participar do 5x5 TecSummit. Ele advertiu que a transformação digital não acontecerá sem que se mexa nas cabeças das pessoas.
O diretor geral da AWS Brasil, Cleber Morais, enfatiza que 2020 foi o ano da disparada na transformação digital e destaca que as instituições financeiras da América Latina estão investindo 76% acima do ano passado em IaaS, PaaS e SaaS.
Por Ed Solis*
De acordo com a consultoria Omdia, o mercado de redes gerenciadas em nuvem cresce a uma taxa anual composta de 28,7%, com receitas de equipamentos previstas em US$ 5,5 bilhões
Por Srinivasa Raghavan*
Se as empresas obtiverem melhor visibilidade do custo de cada serviço em nuvem que utilizam, poderão encontrar o equilíbrio certo entre eles, reduzir as despesas operacionais e obter o melhor valor possível da nuvem.