Em que pese o movimento do governo Bolsonaro em fechar as portas do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada, na estatal do chip há uma certa animação com um recente movimento da indústria mundial de semicondutores, que envolve a substituição do tradicional silício pelo nitreto de gálio, por conta da cada vez mais crescente demanda por dispositivos 5G.
Isso porque o Ceitec, instalado em Porto Alegre-RS, é das poucas fábricas no planeta consideradas viáveis para a produção de chips com o nitreto de gálio. É que o processo atual dessa tecnologia específica exige lâminas menores que o padrão moderno de 300 milímetros. Por questões ligadas ao material, esses wafers precisam ficar entre 100 e 200 milímetros no máximo.
O Ceitec utiliza lâminas de 150 mm, coincidentemente o mesmo tamanho da recém inaugurada fábrica que a holandesa NXP Semiconductors instalou nos Estados Unidos para, exatamente, atender a demanda por chips de 5G. Além disso, os chips com nitreto de gálio têm entre 100 e 2 mil nanômetros. E o Ceitec produz chips de 600 nanômetros.
O uso do nitreto de gálio está em evidência por ser capaz de suportar 10 vezes mais voltagem do que o silício e se tornar, assim, particularmente relevante para a nova geração de tecnologia de telecomunicações por melhor atender a necessidade de dispositivos de alta potencia ou alta frequência. Nesse estágio, porém, ainda é fornecido por pouquíssimos fabricantes globais.
Mas o potencial é animador. Projeções da consultoria francesa de tecnologia avançada Yole Développement indicam que esse mercado que envolve o uso de chips de nitreto de gálio deve superar os US$ 2,5 bilhões (R$ 12 bilhões) até 2025.
Não quer dizer que basta girar uma chave e o Ceitec sai produzindo chips de nitreto de gálio. Seriam necessárias adequações na planta. O detalhe é que é uma fábrica em que essa mudança é possível, ao contrário das unidades que lidam com wafers maiores. Mais do que isso, chama a atenção no momento em que o plano de fechar o Ceitec pode custar mais caro que manter a empresa funcionando e com chances reais de se adaptar a uma nova onda tecnológica que está apenas começando.
![]() |
... | Versão para impressão: ![]() | |
15/04/2021
América Latina se divide sobre uso de ondas milimétricas
15/04/2021
Leilão de 26 GHz terá disputa no Brasil
14/04/2021
Ericsson registra patente brasileira para o 5G
13/04/2021
No 5G, Oi desponta como 'azarão' na faixa de 26GHz
12/04/2021
IHS ainda negocia com a TIM, mas compra mais 602 torres no Brasil
12/04/2021
Latência baixa do 5G SA é tão rápida quanto o sistema nervoso humano
09/04/2021
Bolsonaro faz primeira vídeo chamada com 5G
07/04/2021
Brasil está fora dos países liberados pela Espanha para o Mobile World Congress
06/04/2021
Huawei: é cedo para dizer quem está dentro ou fora da rede privada do governo
06/04/2021
TCU discute 5G no Brasil, em evento fechado, nos dias 08 e 09 de abril
A proposta da empresa, explicou Luis Minoru, diretor de estratégia e novos negócios, é o de oferecer toda a infraestrutura na modalidade de serviço. Já há testes em andamento, não revelados, para o funcionamento da modalidade que inclui a operação de telefonia móvel.
Levantamento da União Internacional de Telecomunicações mostra que a principal razão da exclusão digital é o alto preço do serviço diante da receita do consumidor. "Houve uma queda nos preços, mas precisa cair muito mais para termos um futuro melhor", pontuou o secretário-geral da UIT, Houlin Zhao.
Por Pedro Al Shara*
Segundo pesquisa da Vertiv, fornecedora de equipamentos e serviços para infraestrutura crítica, um aumento da ordem de 150% a 170% no consumo energético é projetado no setor de Telecom até 2026. Com toda a inovação que o 5G representa, mais dispositivos poderão acessar a internet móvel ao mesmo tempo, utilizando o mesmo sinal.
15/04/2021
15/04/2021
14/04/2021
14/04/2021
13/04/2021
12/04/2021
12/04/2021
09/04/2021
08/04/2021
07/04/2021