O dinheiro em espécie ainda vai existir por muito tempo. Enquanto isso, a tecnologia dos caixas eletrônicos segue evoluindo, pois bancos e fintechs continuam precisando oferecer aos seus clientes um meio de sacar e depositar papel moeda. A Diebold Nixdorf, uma das principais fabricantes de ATMs no Brasil, vem apostando na renovação do parque de caixas eletrônicos do País por modelos com recicladores. Trata-se de um equipamento capaz de contar as cédulas depositadas, substituindo o processo atual, no qual o dinheiro é depositado em envelopes que precisam ser encaminhados para o banco para contagem.
“O que leva um banco a investir em um reciclador é o TCO (total cost of ownership). O reciclador traz retorno financeiro forte, porque diminui a necessidade de abastecimento do equipamento, pois ele se abastece sozinho. Temos casos de agências que recebiam três visitas por semana de carro-forte, e agora recebem duas vezes por mês. Isso libera também a fila no caixa, que fica disponível para outras funções”, argumenta Matheus Neto, gerente de soluções de hardware da Diebold Nixdorf. O executivo participou de painel sobre investimento em tecnologia no setor financeiro durante o 5×5 TecSummit, nesta quinta-feira, 10.
O Brasil tem hoje cerca de 180 mil caixas eletrônicos. No começo do ano, cerca de 8% deles, ou 15 mil, possuíam recicladores. A expectativa é fechar o ano de 2020 com 21 mil recicladores, ou 12% da base. E dentro de cinco anos serão 40 mil, projeta o executivo.
5×5 TecSummit
O 5×5 TecSummit é um evento online organizado em uma parceria de cinco sites de jornalismo especializado em TI e telecom: Convergência Digital, Mobile Time, Tele.síntese, Teletime e TI Inside. O seminário discute tendências em tecnologia em cinco verticais: governo, saúde, energia, finanças e entretenimento. Inscreva-se gratuitamente e assista todo o conteúdo produzido pelo 5x5 TecSummit.
Para o centro brasileiro, localizado no Rio de Janeiro, a empresa de satélite contratou 10 funcionários, que serão responsáveis pelo atendimento a clientes no país e em toda a América Latina.
Em entrevista à CDTV, o executivo falou sobre os três objetivos estratégicos para 2021: reforma tributária digna para desonerar o emprego; formação de talento e medidas para garantir o uso intensivo de dados.
Apesar da crise econômica agravada pela Covid-19, o setor de TI e Comunicação cresceu 2.4% no ano passado, de acordo com dados da Brasscom. O segmento de software e serviços gerou R$ 216,1 bilhões, com crescimento de 5,1% e o de telecom, R$ 240,5 bilhões, mas com uma queda de 0,4%. Setor respondeu por 6,8% do PIB nacional.
"O Brasil não tem de ser um celeiro de mão de obra, um BPO. Temos de fazer tecnologia. Mas falta política pública. Em 20 anos, nada aconteceu", lamenta o CEO da Plusoft, Solemar Andrade.