A alta do dólar e a falta de componentes, provocada pela redução nos embarques chineses com a pandemia de Covid-19, derrubou a venda de celulares no Brasil. Os números do primeiro trimestre indicam uma queda de 8,7%, sendo ainda mais aguda entre os modelos mais simples, os feature phones, que recuaram 22,4%.
A depender do tipo de aparelho, houve aumento de até 266% nos preços, o que fez a venda de celulares ‘piratas’ disparar 135%, segundo apontam os números divulgados pela IDC Brasil. "Estávamos otimistas no início do ano. Fechamos janeiro com alta de 14%, mas com a proximidade da pandemia de Covid-19 as vendas começaram a cair", aponta a consultoria.
Entre janeiro e março foram vendidos oficialmente no Brasil 10,4 milhões de celulares, 8,7 % a menos do que no mesmo período do ano passado. Do total, 9,8 milhões foram smartphones, queda de 7,8%, e 544 mil foram feature phones, retração de 22,4% em relação ao primeiro trimestre de 2019.
Como apontado no levantamento, a situação foi se agravando. Enquanto em fevereiro a queda nas vendas foi de apenas 4%, reflexo do desabastecimento do varejo, o recuou chegou a 27% em março, com o início da quarentena e fechamento do comércio.
No mercado oficial, a receita com smartphones foi de R$ 14,5 bilhões e a de feature phones, R$ 96 milhões, respectivamente, 6,2% e 25,9% maior do que no mesmo período do ano passado. Desempenho diretamente associado ao aumento dos preços – a alta foi, em média, de 15,1%, por conta da desvalorização do real.
Assim, o preço médio de um aparelho foi de R$1.473. Os mais vendidos, com 5,1 milhões de unidades, foram os intermediários premium, com preço entre R$ 1000 e R$ 1999, alta de 53%, e os da categoria premium, entre R$ 2000 e R$ 2999, com 1,2 milhões de unidades e 266,5% de aumento em relação a janeiro e março de 2019. Os feature phones ficaram 62,1% mais caros, custando em média R$ 177.
No mesmo período foram vendidos no mercado cinza 1,1 milhão de smartphones, alta de 135% em relação ao primeiro trimestre de 2019 – ajudados pela queda de 10% nos preços dos ‘piratas’. Nem isso ajudou os feature phones, que apresentaram vendas de 30 mil unidades, 86% a menos do que o mesmo período de 2019, e mesmo com preço médio 31,5% mais baixo.
No segundo trimestre de 2020, os efeitos da pandemia devem ser ainda mais sentidos no mercado de celulares, resultado do fechamento do comércio em abril e maio. A expectativa é de queda de 32%, mesmo com Dia das Mães no período. Para o mercado cinza, a previsão também é de queda por conta da alta do dólar e das ofertas do varejo oficial, após a flexibilização e abertura do comércio físico.
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