O ano de 2021 promete marcos importantes na expansão do WiFi, notadamente com o lançamento de produtos para o WiFi 6E e no caso específico do Brasil, o avanço na regulamentação do uso da faixa de 6 GHz para uso nas aplicações não licenciadas.
No caso dos Estados Unidos, não apenas os primeiros equipamentos com uso dessa faixa para o WiFI 6E começam a chegar ao mercado, como até o primeiro telefone com capacidade 6E deve ser apresentado em 2021, provavelmente desenvolvido pela coreana Samsung.
Ao longo do ano, a adoção do espectro de 6 GHz para Wi-Fi é esperada em diferentes autoridades nacionais sobre telecomunicações. É o caso, por exemplo, dos 480 MHz nessa faixa de 6GHz a serem destinados na União Europeia, provavelmente no segundo trimestre.
No Brasil, a Anatel encerrou no dia 24 de janeiro, a consulta pública sobre o uso da faixa cuja proposta central é destinar os 1200 MHz entre 5,925 GHz e 7,125 GHz totalmente para uso não licenciado. O tema agora vai ao Conselho Diretor da agência reguladora para a decisão final. A área técnica estabeleceu que os 1200 Mhz da faixa devem ser alocados para serviços não licenciados.
Outro avanço regulatório pode vir em uma nova classe de dispositivos Wi-Fi portáteis, que surgirão sob as novas regras de ‘VLP’ (Very Low Power), em conclusão pela americana FCC. Na Europa, a regulamentação para a classe de dispositivo VLP já foi aprovada e será incluída na decisão final de 6 GHz da Comissão Europeia prevista para o segundo trimestre.
O Wi-Fi em 2021 será predominantemente doméstico, até pelo incremento do home office por conta da pandemia de Covid-19. Daí os líderes no desenvolvimento de chipsets semearem o terreno para a próxima geração em redes residenciais com grandes lançamentos de plataforma no final de 2020. Muito do trabalho de tecnologia Wi-Fi em andamento será focado em tornar o Wi-Fi doméstico melhor em todos os sentidos para acomodar um grande aumento no tráfego e dispositivos.
* Com informações do Wi-Fi Now
As faixas de 2,4 GHz e de 5 GHz estão congestionadas no Brasil e torna-se urgente ter mais frequência por mais capacidade e eficiência, afirma o chefe de Tecnologia da CommScope para Caribe e América Latina, Hugo Ramos.
Para o VP da Oi, Carlos Eduardo Monteiro, o Brasil tem desafios a vencer para a expansão do Wi-Fi 6, como ofertar mais segurança jurídica e regulatória para os investimentos. O câmbio – já que todos os aportes e equipamentos são atrelados ao dólar – desponta como um gargalo a ser enfrentado.
Definindo-se como uma empresa de software que precisa de hardware e frequência para atuar, a Mambo Wi-Fi diz que os hotspots públicos vão crescer até nove vezes até 2022 com a liberação da faixa de 6 GHz para serviços não licenciados.