A real implantação da inteligência artificial (IA) no setor de saúde abrirá um leque de oportunidade para diversas aplicações. Em talk show, realizado no5x5 TEC Summit, nesta terça-feira, 8, o consultor de IA, Eduardo Prado, começou sua contribuição ao evento lembrando que o setor da saúde ainda é muito analógico, mas admitiu que a pandemia acelerou a digitalização do segmento.
Além da falta da predominância analógica, com o setor ainda estando muito baseado em atendimento presencial, a ausência de interoperabilidade dos dados de saúde e a baixa utilização de inteligência artificial foram outros desafios levantados por Prado para serem vencidos no segmento de saúde rumo a adoção de novas tecnologias e para um atendimento melhor ao cidadão. A tendência, observou, agora, é partir para digitalização uma vez que a pandemia acelerou o processo de uma interação digital com pacientes. "Houve um aumento brutal do atendimento de telemedicina e órgãos reguladores no mundo estão fazendo força para as instituições abrirem dados e interoperabilizá-los", apontou.
Entre as aplicações mais promissoras, Prado apontou a implantação de atendimento por meio de tecnologias de voz no SUS, análises de imagens remotamente, ampliação da medicina preditiva para doenças crônicas e do uso de inteligência artificial para telemedicina, além da maior utilização de data analytics. "O big data é crucial na saúde. Mas temos de mexer na cabeça das pessoas. Não se faz uma transformação digital sem mexer com as pessoas", assinalou o especialista. No caso da Inteligência Artificial, a grande aposta é o uso dela para aperfeiçoar a medicina preventiva. "É assim que se vai reduzir custos e melhorar o atendimento", adicionou.
Eduardo Prado lamentou o fato de o Brasil estar atrasado 'há pelo menos oito anos no uso de Inteligência Artificial' e disse que o maior gargalo nacional segue sendo o baixo investimento público na tecnologia. Prado observou que a China está investindo US$ 15 bilhões para se tornar, em 15 anos, líder mundial em IA em 2030. A Coreia anunciou um aporte de US$ 1 bilhão. A Espanha, um aporte de US$ 735 milhões. No Brasil, o aporte previsto é de R$ 70 milhões. "A distância é muito grande em relação ao mundo", lamentou.
Também impacta no maior uso da inteligência artificial um entrave nacional: a formação de mão de obra. "Temos de melhorar muito a formação dos nossos profissionais. Há esforços sendo feitos como os centros de IA, mas ainda há muito por fazer e avançar", completou o especialista.
O 5x5 TecSummit segue até o dia 11 de dezembro. Nos próximos dias vão ser debatidas as verticais Energia, Finanças e Entretenimento. E se perdeu, reveja o conteúdo das verticais Governo e Saúde. Inscrevam-se!
Para o relator do caso, "dados armazenados em nuvem não evidenciam uma comunicação de dados" e, por isso, não estariam protegidos pela legislação.
Estudo da KPMG mostra que existem, hoje, 702 startups em atuação no segmento no País. Levantamento ainda que, desde 2012 setor atraiu US$ 839 milhões em 274 rodadas de investimento; em 2020 foram captados US$ 365 milhões.
Por Ed Solis*
Adoção crescente de tecnologias como inteligência artificial, internet das coisas e PoE estão na lista para melhorar o desempenho das redes e a eficiência do gerenciamento.
Por Marcos Boaglio*
A digitalização impõe adotar uma cultura de inovação na qual se fomente a experimentação, derrubar barreiras a partir de novos veículos de aquisição e implementar uma classificação de dados moderna, assim como desenvolver capacidades para empoderar os trabalhadores para finalmente aproveitarem as novas tecnologias.