O abismo de conectividade entre áreas rurais e urbanas no país não chega a ser uma novidade, mas um novo estudo, encomendado pelo Ministério da Agricultura à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP mostra que existe infraestrutura ociosa que poderia fazer diferença no acesso à banda larga em regiões de alta produtividade – e portanto com potencial de consumo.
“Esse estudo fez análise territorial, analisou variáveis sócio econômicas e ambientais para medir qual a demanda, qual a oferta e como atuar para diminuir esse gap, levando em conta os imóveis, renda e uso da terra. Mesmo áreas intensivas em agricultura têm um déficit muito alto de conexão 3G e 4G. Compra-se máquinas moderníssimas, com computadores on board, mas que funcionam desconectadas porque não tem internet no campo”, explica o secretário de Inovação do MAPA, Fernando Camargo.
Segundo o estudo, enquanto o Brasil possui cerca de 82 mil torres com antenas de celular instaladas, há outras 5.604 torres existentes que podem ser utilizadas para instalação de novas antenas para atender o campo. “Esse é o grande desafio, de como vamos colocar infraestrutura, e para isso precisamos de dinheiro. É um trabalho para o qual precisamos ter o Fust e os leiloes da Anatel”, defendeu Camargo, ao apresentar os dados preliminares do estudo nesta quarta, 12/2, durante o F4 Summit 2020, em Brasília.
“Nesse estudo, que estamos encaminhando para Anatel e para o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações a gente verifica que existe no Brasil um sombreamento muito grande no campo. Ou seja, o campo brasileiro não tem internet, não tem conexão, seja fixa ou móvel. E isso dificulta sobremaneira a agricultura digital. O objetivo nosso é demandar dos órgãos responsáveis que a gente consiga ter essa internet no campo, que é tão necessária”, afirmou. Assistam a entrevista com Fernando Camargo, do Ministério da Agricultura.
Proposta de debate foi feita pelo deputado Vitor Lippi (PSDB/SP). Parlamentares querem convocar a estatal, o ministério das Comunicações, o TCU e o ministério da Defesa. Contrato com a Viasat será central no debate.
A Internet se tornou o ar que respiramos e para os jovens mais ainda e cabe aos pais terem a noção que segurança da informação é educação de base, recomenda o pesquisador de ameaças na Trend Micro e fundador da comunidade Mente Binária, Fernando Mercês.
"Tem uma série de regras de educação, valores da família, formas de se comportar que não valem só para o jogo, para a rede social, valem para a vida”, diz a professora e psicoterapeuta, Ivelise Fortim.
"Vamos ouvir mais do que falar. Os pais precisam fazer os filhos falarem como atuam na Internet. É uma aprendizagem mútua e necessária", recomenda a analista de segurança Miriam von Zuben.
É imperativo que se trate a Internet como um lugar real e que se responsabilize as pessoas pelos seus atos para evitar os ataques, observou a especialista em comportamento e psicopedagoga Érica Alvim.