A Internet não é uma rede mundial de computadores, mas sim uma rede mundial de pessoas, definiu o jornalista Marcelo Tas, ao participar de debate sobre 'Quem sou eu na Internet', promovido pelo CAIS/RNP na 14ª edição do Dia Internacional de Segurança em Informática (DISI), nesta sexta-feira, 13/03, no Rio de Janeiro.
Em entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital, Marcelo Tas alertou que há um interesse muito grande em usar a Internet de uma maneira não civilizada. "Isso é uma enrrascada para todo mundo, inclusive, para quem acha que está ganhando neste momento. Somos muito criativos no uso da rede, mas as oportunidades diante de nós não estão sendo bem aproveitadas. Não existe um vencendor momentâneo que consiga sobreviver fazendo tramoia em um mundo como a Internet que exige cada vez mais transparência", afirma.
A educação digital - tão urgente, uma vez que o brasileiro perdeu a mão no uso da Internet com ações cada vez mais de incivilidade- é uma responsabilidade de todos, especialmente, quando se fala de crianças e jovens. Para Marcelo Tas, os pais em casa têm essa missão e os professores na escola têm essa missão, assim como os líderes empresariais, que cada vez mais usam a Internet para fazer seus negócios. Tratar a informação da melhor maneira possível faz e fará cada vez mais a diferença. "Buscar o discernimento vale ouro. A colaboração para fazer a informação é a realidade. Não há mais 'donos' da informação. Todos o são no mundo da rede", adverte. Assistam a entrevista com o jornalista Marcelo Tas.
Proposta de debate foi feita pelo deputado Vitor Lippi (PSDB/SP). Parlamentares querem convocar a estatal, o ministério das Comunicações, o TCU e o ministério da Defesa. Contrato com a Viasat será central no debate.
A Internet se tornou o ar que respiramos e para os jovens mais ainda e cabe aos pais terem a noção que segurança da informação é educação de base, recomenda o pesquisador de ameaças na Trend Micro e fundador da comunidade Mente Binária, Fernando Mercês.
"Tem uma série de regras de educação, valores da família, formas de se comportar que não valem só para o jogo, para a rede social, valem para a vida”, diz a professora e psicoterapeuta, Ivelise Fortim.
"Vamos ouvir mais do que falar. Os pais precisam fazer os filhos falarem como atuam na Internet. É uma aprendizagem mútua e necessária", recomenda a analista de segurança Miriam von Zuben.
É imperativo que se trate a Internet como um lugar real e que se responsabilize as pessoas pelos seus atos para evitar os ataques, observou a especialista em comportamento e psicopedagoga Érica Alvim.