O Cetic.br, braço de pesquisas do NIC.br, divulgou nesta quinta, 13/8, novos dados que reforçam o papel da internet durante a pandemia de Covid-19. O levantamento mostra que cresceu o acesso internet em todos os meios, celular, computador, tablet ou mesmo TV, e para diferentes demandas de serviços públicos ou privados.
“A pandemia afetou e aumentou o uso da internet em todas as classes sociais e faixas etárias, ao ponto de o tráfego no Brasil bater recorde ao atingir 13,5 Tbps. As atividades relacionadas ao trabalho, o ensino e mesmo o acesso a programas sociais emergenciais passaram a se dar de maneira predominantemente remota”, resumiu o gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa, durante a divulgação dos dados. Embora o trabalho online seja mais concentrado entre os mais prósperos, os números sugerem que as aulas pela internet, o acesso a serviços como o Auxílio Emergencial ou formas de entretenimento também puxaram os mais pobres para a rede.
A pesquisa aponta que 83% dos brasileiros das classes AB fizeram compras pela internet no trimestre da pandemia, mas eles já eram 63% a julgar pela TIC Domicílios de 2018. Nessa mesma comparação, a proporção da classe C fazendo compras online passou de 37% para 64%, enquanto nas classes DE disparou de 18% para 44%. Vista como um todo, a compra online que há um ano era praticada por 44% dos brasileiros, virou realidade para 66%.
Da mesma forma, o consumo de filmes e música pela internet aumentou de forma generalizada. Mas a exemplo das compras, já era mais comum entre os mais ricos e avançou significativamente entre os mais pobres. Assim, enquanto a proporção de usuários de serviços de filmes e séries online subiu de 50% para 53% nas classes AB, o salto foi de 29% para 41% na classe C e de 11% para 32% nas DE. Em serviços de música, as variações foram de 16% para 26% (AB), 8% para 14% (C) e 4% para 8% (DE).
Aponta ainda a TIC Covid-19 que naquele aumento das compras pela internet, o maior salto foi entre as mulheres de 39% para 70%. Já o percentual dos que fizeram pedidos de refeições via portais ou aplicativos de vendas triplicou, de 15% para 44% durante a pandemia. Outro ponto observado foi o aumento da comunicação direta entre empresas e consumidores, via aplicativos de mensagens instantâneas para mediar a compra de produtos ou serviços, que passou de 26% para 46%.
“Um dado importante é que o uso de aplicativos de mensagens era mais específico das classes D e E, mas com a pandemia as classes A e B também passaram a usar”, apontou Leonardo Lins, um dos responsáveis pela pesquisa do Cetic.br. O levantamento destaca, ainda, “um aumento expressivo na utilização de serviços públicos e financeiros pela internet durante a pandemia, com avanço maior nas classes C e DE e entre os usuários de Internet com menor escolaridade”. Mas como ressalva o gerente do Cetic.br, é preciso levar em conta o uso do app do Auxílio Emergencial, que será melhor detalhado em uma próxima etapa da TIC Covid-19.
Resumidamente, os dados da pesquisa aponta que:
▪Aumentou a realização de serviços públicos e transações financeiras (especialmente nas classes C e DE).
▪Mais usuários realizaram atividades de trabalho pela Internet, sobretudo nas classes AB.
▪Classes DE realizaram mais atividades ou pesquisas escolares pela Internet durante a pandemia.
Mais usuários de Internet passaram a assistir a vídeos, ouvir música e ler notícias on-line.
▪O pagamento por serviços de streaming de filmes e séries aumentou mais nas classes mais baixas e por serviços de música nas classes mais altas.
▪As transmissões on-line de áudio e vídeo em tempo real ganharam projeção, mas seguem predominantes entre usuários de classes mais altas e com maior grau de instrução.
▪A compra de ingressos para eventos pela Internet diminuiu drasticamente.
▪O comércio eletrônico cresceu em todas as regiões e classes, sobretudo entre as mulheres.
▪A compra de comida ou produtos alimentícios foi a atividade de comércio eletrônico que mais se ampliou durante a pandemia.
▪O uso de aplicativos de mensagens instantâneas foi o canal de compra mais usado durante a pandemia.
▪A maioria dos usuários de Internet afirma que está comprando mais pela Internet e consumindo mais de produtores locais e pequenos comerciantes.
O cabo ligará Fortaleza a Sines, em Portugal, anunciou o ministro das Comunicações, Fabio Faria. A obra será feita pela EllaLink, que promete uma estrutura capaz de proporcionar um tráfego de dados a 72 Terabits por segundo (Tbps) e latência de 60 milissegundos. Serão lançados 6 mil quilômetros de cabos submarinos.
Como destaca o professor Silvio Meira, no Brasil onde a desigualdade aumenta, “a gente vai ter que ser muito competente para desenhar serviços que possam ser usados realmente por todo mundo e não só por quem tem acesso à conectividade".
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