Até aqui mais conhecida por levar adiante acusações antitruste contra a Google, a comissária europeia sobre competição, Margrethe Vestager, começa a disparar contra a onda de fusões e aquisições entre operadoras de telecomunicações na UE – a sucessão de negócios que se intensificou no último ano e meio e serve de inspiração para desejos semelhantes entre teles que atuam no Brasil.
Nesta segunda, 15/6, ao participar, em Paris, da conferência ‘Novas fronteiras do antitruste’, Vestager sustentou que essa recente onda de fusões pode prejudicar os consumidores e provavelmente não terá os prometidos impactos de aumentar os investimentos das empresas.
Ao rejeitar essa ideia de que os aportes aumentam com a consolidação, a comissária disparou: “Tenho ouvido esse argumento com frequência, mas ainda não vi evidência de que seja realmente o caso”, disparou a comissária, que até assumir o posto, em agosto do ano passado, era uma das representantes da Dinamarca no Parlamento Europeu.
Ao contrário, disse, “há ampla evidência de que uma consolidação excessiva pode levar a aumento nas contas dos consumidores e a uma redução aos incentivos a inovação nos mercados nacionais”. Segundo reportagem do Wall Street Journal, os comentários sinalizam que a nova comissária terá uma abordagem menos favorável às fusões do que seu antecessor no posto.
Nos últimos 18 meses, prevaleceu a tendência de redução de empresas de telefonia móvel competindo em cada mercado nacional, como já se viu na Alemanha e Irlanda. A onda também chegou à França, Itália, Holanda, Portugal, Bélgica, Espanha e ao Reino Unido.
Só neste ano, teles europeias anunciaram negócios perto de US$ 70 bilhões – cerca de R$ 200 bilhões – maior valor desde 2000 segundo o WSJ. No Reino Unido, a BT negocia a compra da EE (em si já uma fusão da T-Mobile com Orange no país). Também lá, a Hutchison Whampoa planeja fundir-se à 02, da espanhola Telefónica. Essa mesma empresa prepara a união de operações com a Vimpel na Itália, unindo em uma a terceira e quarta maiores teles móveis naquele país.
Os comentários são particularmente significativos no momento em que pelo menos três negociações recentes passarão pelo crivo da comissária europeia: a mencionada compra da 02 pela Hutchison; a fusão da Telenor com a TeliaSonera, na Dinamarca; e a compra da Jazztel pela Orange, na Espanha.
* Com informações do WSJ
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