O Ministério da Economia adiou o pregão para a segunda contratação da nuvem pública do governo federal. Com escopo quatro vezes mais amplo que a primeira nuvem, atualmente com mais de duas dezenas de órgãos, o processo deverá sofrer pelo menos um ajuste pontual relacionado ao acordo de níveis de serviço (SLA), mas não está completamente descartada uma alteração mais substantiva.
Na prática uma correção sobre o termo de referência, o ajuste trata da efetiva divulgação de parte que acabou ficando de fora do texto publicado com relação ao SLA. Mas diante de vários pedidos para adiamento e para que seja aberta a possibilidade de subcontratação, o tema está em análise mais detida pela Central de Compras.
Por enquanto, o pregão eletrônico que seria realizado nesta sexta, 18/12, não tem nova data para acontecer. Mas a perspectiva é de que o processo seja retomado a tempo de que a sessão pública de lances – no que se espera, pelo menos, tão disputada quanto a primeira, que reuniu 12 concorrentes – ocorra logo no início de 2021.
Essa contratação busca um integrador, também chamado broker, para oferta de serviços de computação em nuvem para diversos órgãos públicos – algo entre 44 e 52 deles, por enquanto, que contemple no mínimo dois fornecedores e que haja datacenters instalados no Brasil. A estimativa no edital é de uma contratação de até R$ 370 milhões, por 24 meses de serviço.
O aporte previsto no País é de R$ 70 milhões, muito abaixo, por exemplo do que está sendo feito em países como China, Coreia e Espanha, lamentou o consultor de IA, Eduardo Prado, ao participar do 5x5 TecSummit. Ele advertiu que a transformação digital não acontecerá sem que se mexa nas cabeças das pessoas.
O diretor geral da AWS Brasil, Cleber Morais, enfatiza que 2020 foi o ano da disparada na transformação digital e destaca que as instituições financeiras da América Latina estão investindo 76% acima do ano passado em IaaS, PaaS e SaaS.
Por Ed Solis*
De acordo com a consultoria Omdia, o mercado de redes gerenciadas em nuvem cresce a uma taxa anual composta de 28,7%, com receitas de equipamentos previstas em US$ 5,5 bilhões
Por Srinivasa Raghavan*
Se as empresas obtiverem melhor visibilidade do custo de cada serviço em nuvem que utilizam, poderão encontrar o equilíbrio certo entre eles, reduzir as despesas operacionais e obter o melhor valor possível da nuvem.