A oferta de 5G no Brasil deve começar no segundo semestre de 2022, a julgar pelo cronograma previsto na proposta de edital apresentada pela Anatel nesta segunda, 1º de fevereiro. Por conta da ‘limpeza’ da chamada faixa de 3,5 GHz – na verdade o naco entre 3,3 e 3,7 GHz – o texto em análise indica uma “carência” de 300 dias para que seja solucionada a potencial interferência com as antenas parabólicas, pelo menos nas capitais.
Esse foi um dos pontos largamente discutidos ao longo da preparação do edital. Como antenas parabólicas recebem os sinais de televisão na faixa entre 3,6 GHz e 3,7 GHz, a Anatel optou pela migração dessa recepção para outro endereço – a chamada banda Ku, acima de 10 GHz.
Daí o prazo de 300 dias para que essa operação seja realizada nas capitais, seguindo-se um escalonamento para as demais cidades do país, de forma a ser possível a operação de 5G sem o risco de interferências. A proposta agradou o setor de radiodifusão.
“Temos defendido, desde o princípio, que a migração de usuários da banda C para a banda Ku, para o futuro uso da faixa de 3,5 GHz, é única solução viável e segura para que os domicílios que recebem TV aberta e gratuita não fiquem com o seu sinal interferido pelo 5G”, afirmou o presidente da Abratel, Márcio Novaes.
As teles móveis, no entanto, queriam outra solução, mais barata, que previa a instalação de filtros nas parabólicas. Como tal solução se daria somente para quem reclamasse de interferência, as teles defendiam que isso permitiria um lançamento comercial mais rápido do 5G.
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Iniciativa conta com a parceria da ABDI e da Anatel, uma vez que duas radiofrequências serão avaliadas:uma, abaixo de 6 gigahertz (GHz), e, outra, mais alta, entre 27,5 GHz e 27,9 GHz.
Finalmente o 5G entrou na lista das dez previsões para os mercados de Tecnologia e Informação e Telecomunicações da IDC para 2021/2022. Consultoria prevê que a receita virá de novos negócios com IA, IoT, cloud, segurança, robótica e realidade aumentada e virtual.
Por Ivan Marzariolli*
A maioria das teles com 5G escolheu o que é chamado de implementação “não autônoma”. É um híbrido de 4G e 5G que permite oferecer muitos recursos 5G aos assinantes, enquanto ainda aproveita o investimento existente em seu core de pacote 4G. Operadoras estão ansiosas para aproveitar as vantagens do 5GC (SA ou autônomo) - maior agilidade de serviço e custos mais baixos.
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