Sancionada no último dia do prazo, a Lei 14.133/21 traz mudanças nas regras sobre licitações no Brasil, especialmente ao expandir para estados e municípios práticas comuns no governo federal, como o pregão eletrônico. A Lei cria uma nova modalidade de compras, o diálogo competitivo; prevê um portal centralizado para todas a federação e institui a inovação como um dos fins das compras governamentais.
A sanção, porém, veio acompanhada de 26 vetos presidenciais ao texto. São questões que tratam do rito processual até a publicação de editais em jornais. Na parte estrutural da Lei de Licitações, um dos vetos elimina uma restrição que só permitiria a nova modalidade de diálogo competitivo caso descartadas as disputas abertas ou fechadas.
“Sugerimos esse veto para eliminar uma inconsistência, uma vez que o diálogo competitivo nasce para resolver a definição do objeto, não para sanear a disputa”, explica o subsecretário adjunto de Gestão do Ministério da Economia, Renato Fenili.
Em que pese o grande número de vetos não alterar significativamente a nova Lei de Licitações, pelo menos dois temas afetados merecem registro: a eliminação das margens de preferência diferenciadas para estados e municípios, assim como da prevalência dos entendimentos do Tribunal de Contas da União sobre os demais entes federados.
No caso das preferências, foram vetados dois parágrafos do artigo sobre o tema (art. 26), que permitiam a estados e municípios adotarem margens até 10% diferentes das federais para bens nacionais e para empresas sediadas nas cidades com até 50 mil habitantes.
Também foi vetado o artigo 172, que determinava que “os órgãos de controle deverão orientar-se pelos enunciados das súmulas do Tribunal de Contas da União relativos à aplicação desta Lei, de modo a garantir uniformidade de entendimentos e a propiciar segurança jurídica aos interessados”.
Recolhimento poderá ser feito a partir de julho, com opção de pagamento em duas parcelas.
“A meta é digitalizar 100% dos serviços, mas o desafio é não fazer mera transposição do que existe para o digital”, afirma o secretário adjunto de governo digital, Ciro Avelino.
Além de três das grandes entidades empresariais de tecnologia da informação, ABES, Assespro e Brasscom, os dois assentos setoriais são disputados pela Abert, Sebrae e bureaus de crédito. Pelo menos.
Governo e TSE formalizam acordo para fazer o Documento Nacional de Identificação (DNI) por meio da troca de dados. A identidade digital será gerada por um aplicativo gratuito, que pode ser utilizado em smartphones e tablets com sistemas Android e iOS, a ser ofertado pelo governo federal.
Novo sistema classifica como bronze, prata e ouro os níveis de identificação digital em sistemas da administração federal, que já conta com 96 milhões de brasileiros registrados. Esses 4,8 milhões são nível 'ouro'.