"A área técnica recomendou o uso para não-licenciado", contou o superintendente da Anatel, Vinicius Caram, ao participar do eForum Wi-Fi 6, realizado pelo Convergência Digital e pela Network Eventos.
Presidente da entidade, Eduardo Neger, lembra que a concessão de espectro para as empresas de Internet ficou 'congelada' e é o momento de ajuste de rumo. "Não nos interessa o peixe de cada tecnologia, mas sabemos defender o cardume, que é o consumidor", acrescentou, ao participar do eForum Wi-Fi 6.
Diretor da Qualcomm, Francisco Soares, espera que a Anatel se defina por dar os 1,2GHz para os serviços licenciados. "O 6GHz não licenciado será o complemento ideal para os serviços licenciados 5G", sustenta.
Para o diretor da Huawei Brasil, Carlos Lauria, a reserva técnica é a melhor garantia para aguardar a evolução da tecnologia. "Se der tudo agora, não tem como voltar atrás depois", observa o executivo.
Varejista com atuação na região norte do País tem planos de expandir sua infraestrutura para mais cidades, mas conta com a frequência não licenciada, diz o gerente de TI, Jesaias Arruda.
De acordo com o especialista André Rizzo, as novas tecnologais devem ser não licenciadas e vão exigir uma atualização das redes cabeadas das corporações.
"São os ISPs que estão fazendo o 'escoamento' dos dados no interior e eles precisam de ter mais frequência para avançar em serviços para o agronegócios," exemplifica o diretor de Negócios da Connectoway, Paulo Frosi. Apesar da Covid-19, executivo diz que 1º semestre superou todo o ano de 2019 em vendas.
Para o presidente da operadora, Jonas Trunk, reservar uma parte da faixa de 6GHz para as teles vai impactar a oferta de novos serviços no Norte e Nordeste. "A desigualdade digital só vai aumentar", reforça.